Brasil gasta apenas R$3,48 por dia com a saúde de cada habitante

14/11/2018

Brasil gasta apenas R$3,48 por dia com a saúde de cada habitante

14/11/2018

Em coletiva de imprensa concedida, nesta terça-feira (13), pelos dirigentes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), da Federação Médica Brasileira (FMB), e da Associação Médica Brasileira (AMB), na sede CFM, em Brasília, foram apresentados dados importantes sobre o quanto é gasto com a saúde da população brasileira pelas três esferas de governo. Essa caixa preta da Saúde foi revelada aos órgãos de imprensa, com base em dados oficiais, que revelam que o Poder Executivo gasta pouco e mal com a Saúde, o que explica as razões dos muitos problemas enfrentados pelo setor, e que afetam a população e o trabalho dos médicos e demais profissionais que lá atuam. 

Participaram da entrevista, o presidente e o 1º Secretário do CFM, Carlos Vital e Hermann Tiesenhausen, respectivamente, e os presidentes da FENAM, Jorge Darze, da AMB, Lincoln Ferreira, e da FMB, Waldir Araújo Cardoso, além de especialistas da área de saúde. 

“A coletiva foi realizada, porque as entidades médicas entenderam que este era o melhor momento para se manifestarem sobre a real situação em que se encontra o sistema de saúde pública. Isso porque as eleições resultaram na renovação do governo federal, dos governos estaduais, e de parte do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas de todo o país”, destacou o presidente da FENAM. De acordo com Jorge Darze, as entidades médicas denunciaram a crise do setor, do ponto de vista do financiamento, da falta de recursos humanos, e de outros fatores que a influenciam, na expectativa de que o levantamento feito possa contribuir para que os governos e parlamentares que irão assumir em 1º de janeiro, venham a interferir e transformar o cenário atual, a partir de ações concretas. 

Os dados sobre o gasto per capita com Saúde no Brasil são importantes para se entender a grave crise em que se encontra a Saúde Pública, com a dramática redução de leitos, o número insuficiente de cirurgias e exames, a falta de equipamentos e a precariedade da infraestrutura das unidades de atendimento da rede pública.

O presidente da FENAM reforçou a denúncia que faz há muitos anos sobre o genocídio na área da saúde cometido pelo poder público, e citou a situação “crítica” e “paradoxal” da saúde, definida pela Constituição como um direito da população e um dever do Estado. “Temos hoje um quadro genocida”, avaliou. “Muitas pessoas têm perdido a vida precocemente sem ter tido a chance de conseguir tratamento”, completou.

http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=27961:2018-11-12-17-57-13&catid=3

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