Servidores e pacientes interditam a Avenida Brasil em defesa dos hospitais federais do Rio

18/08/2017

Servidores e pacientes interditam a Avenida Brasil em defesa dos hospitais federais do Rio

18/08/2017

O desabastecimento de alguns insumos para o tratamento de pacientes, como por exemplo para quimioterapia, e leitos fechados por falta de pessoal são algumas das precariedades do Hospital Geral de Bonsucesso (HGB). Cerca de 300 pessoas, entre servidores e pacientes participaram de um ato público, nesta quarta-feira (16), em frente à unidade. Os manifestantes fizeram uma passeata e chegaram a interromper o trânsito na Avenida Brasil, que contou o apoio dos motorista que passavam pelo local. 


A manifestação também foi em defesa dos demais hospitais federais do Rio de Janeiro, que passam por uma grave crise devido a medidas que o Ministério da Saúde tenta implementar, como a privatização da gestão. “O concurso público é a única forma democrática de ingresso nas unidades públicas e eficiência nos serviços. Na mão-de-obra privada a rotatividade é muito grande, e isso desconstrói o Sistema Único de Saúde. Esse hospital tem uma história que não pode ser jogada no lixo”, alertou o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Jorge Darze. O  presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, deputado federal Hiran Gonçalves, se comprometeu em agendar uma audiência pública para tratar da rede federal de saúde do Rio. A solicitação foi feita pela Fenam.


De acordo com a Defensoria Pública da União, atualmente, mais de 13 mil pacientes aguardam por algum tipo de cirurgia. “Temos uma grande carência de Recursos Humanos. No último ano, perdemos cerca de 16 anestesistas que não tiveram seus contratos temporários renovados e a Oncologia Clínica, que tinha sete médicos, ficou reduzida a quatro. Isso causa um grande impacto (negativo), porque temos muita demanda, tanto através do sistema de regulação, como da emergência”,  lamentou o diretor do corpo clínico do HGB, Baltazar de Araújo. 


Os servidores criticaram a criação de planos de saúde populares para melhorar a qualidade e agilidade no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme anunciou o ministro da Saúde Ricardo Barros. “Esses planos só realizam procedimentos de baixo custo. Quando o paciente precisar de atendimento de média ou alta complexidade, vai ser remetido ao SUS. Esse modelo vai abrir uma cratera para a corrupção”, declarou o conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), Pablo Vazquez. 

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Fonte: FENAM

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