Na manhã desta 4ª feira, 21 de fevereiro, a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou o lançamento do programa “Bem-Vindo!” que pretende reduzir conflitos e qualificar os servidores das unidades de saúde. Segundo o secretário de saúde durante a coletiva, será implantado o “Patrulha SUS” para reunir um grupo especial da Guarda Municipal para fazer a segurança nos centros de saúde da capital em esquema de ronda.

O Sinmed-MG destaca que é importante tomar medidas para conter a violência que cada dia mais aumenta as estatísticas. Contudo, a forma proposta ainda não é considerada suficiente para mudar este triste cenário de insegurança nas unidades de saúde de BH, como o sindicato tem denunciado desde o ano passado à mídia e sociedade, além de alertar os próprios gestores durante as reuniões de negociações.

As unidades básicas de saúde precisam de porteiros qualificados e disponíveis ajudar na organização do fluxo de pessoas que circulam nas unidades de saúde e assim contribuir para melhorar a segurança nestas unidades. Além de outras medidas efetivas que realmente mude a situação atual marcada por violência, falta de respeito e desvalorização dos servidores. Dentre elas propomos:

1- Instalação de um Plano de Segurança efetivo para as unidades de saúde;

2- Câmeras de segurança e vigilância;

3- Presença física permanente de agentes de segurança nas UPAs;

4- Adequação da estrutura física para garantir segurança aos trabalhadores;

5 – Retorno dos porteiros a todas as unidades de saúde.

Enquanto entidade representativa dos médicos que assiste a realidade do trabalho dos colegas, não concordamos com o secretário de saúde ao afirmar à imprensa que “as situações de violência ocorriam ou porque a pessoa chegava e não era bem acolhida, ou demorava a ser atendida pelo médico”.

Ora, o sindicato entende e afirma que esta não é a principal causa da violência. Os médicos, assim como os demais servidores, são vítimas das condições inadequadas de trabalho, caracterizadas pela falta de materiais, medicamentos, equipes desfalcadas. Entretanto, mesmo diante dessa precariedade imposta pela gestão, os profissionais batalham para atender da melhor maneira possível a população.




Fonte: Sinmed-MG