06/02/2018
06/02/2018
Tecnicamente, a morte encefálica ocorre quando não há mais nenhum sinal de atividade no cérebro. Essa condição é irreversível e determina o óbito do paciente. Mas afinal, como o médico chega à conclusão de que houve a falência neurológica – sem correr o risco de cometer erros de avaliação?
Para isso, existe uma série de protocolos e critérios que devem ser observados pelos médicos. Em dezembro, o Conselho Federal de Medicina (CFM) atualizou esses critérios – que não eram alterados desde 1997 – com a Resolução nº 2.173/17. O documento explica o que é preciso para confirmar o diagnóstico de morte encefálica. Confira:
1- Para ser confirmada, a morte encefálica pode ser diagnosticada por mais de um especialista, com intervalo de uma hora entre um e outro.
2- Para isso, os médicos devem ser especialistas em medicina intensiva, neurologia ou neurocirurgia.
3- O paciente também deve ser submetido, obrigatoriamente, a um teste de apneia e exames complementares obrigatórios.
A suspeita de morte encefálica inicia quando o médico observa alguns sintomas no paciente, tais como coma profundo, ausência de reflexos motores e apneia, entre outros – além da presença de uma lesão encefálica irreversível.
A nova resolução do CFM também determina que o paciente não pode mais permanecer no hospital com os aparelhos ligados depois de confirmação de morte encefálica, exceto nos casos em que ainda existe a possibilidade de doação dos órgãos. Trata-se de uma mudança importante: antigamente, o médico tinha de esperar a autorização dos familiares para desativar os aparelhos.
Fonte: Simers