Na terça-feira (26/9), o Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar) realizou assembleia com os médicos da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) objetivando ações para possível Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) data base 2017/2018.

Dentre os temas tratados destacaram-se: as condições de trabalho e a falta/qualidade de insumos e medicamentos, a duração do trabalho e seu controle e a remuneração. O valor referencial defendido é o do piso da Federação Nacional dos Médicos (FENAM) de R$ R$ 13.847,93 para 20 horas semanais de trabalho. Outro ponto que foi questionado foi a abusividade do controle horário dos médicos que fazem atividade assistencial combinada a pedagógica. Para o presidente da FENAM, Dr. Jorge Darze: “Isso é um absurdo, porque eles precisam de tempo para acompanhar os residentes e alunos, inclusive para preparar essas aulas. A Ebserh contabiliza tudo como atividade assistencial e esse tempo dedicado a magistério não é contabilizado a sua carga horária”.

O Diretor do Simepar e médico contratado pela empresa Dr. Darley Rugeri Wollmann Jr, também se posicionou em relação aos assuntos abordados e acredita que a Ebserh não desempenha a função para a qual foi designada. Segundo ele: “Os médicos compareceram na assembleia e apresentaram denúncia relativa ao conflito existente entre o trabalho da assistência e ensino, do ponto eletrônico, hora extra, a existência de materiais de péssimas condições, falta de medicamento e outros. Foram mais de 60 pontos de reivindicações”.

O Presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) e Vice-presidente da FENAM, Dr. Mario Rubens Macedo Vianna, também presente na assembleia enriqueceu o debate com sugestões e relato de sua experiência naquele estado da região norte.

Segundo Dr. Mario Ferrari, Presidente do Simepar: a reunião foi bastante produtiva: “Aspectos importantes da pauta de reivindicação como o questionamento do controle de ponto eletrônico, a remuneração pela preceptoria e o valor das horas extras, foram discutidos e aprovados pelos membros da categoria.”. Para Ferrari, o que deve ser feito agora é reapresentação da pauta para os representantes da Ebserh no convite para mesa de mediação junto à Superintendência Regional do Trabalho no Paraná.



Fonte: Simepar