O Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG) repudia veemente o atraso do pagamento da segunda parcela dos salários dos servidores públicos do estado de Minas Gerais, referente a agosto (a ser pago em setembro) que deveria ter sido creditado para os servidores nesta 5ª feira, 21/9.

Como representantes dos médicos que atuam no estado e apoiadores da luta dos demais servidores, o Sinmed-MG destaca a total falta de respeito do governador Fernando Pimentel com os trabalhadores, suas famílias e as entidades sindicais, já que o comunicado oficial só foi realizado ontem usando como justificativa o fluxo de caixa insuficiente.

O parcelamento dos salários que vem acontecendo desde o início de 2016 já nos causa indignação ao ferir os direitos dos servidores que dedicam ao trabalho e não podem receber o pagamento integral por este serviço prestado. E agora, atrasar este escalonado torna-se insustentável.

O governador esquece que os profissionais, além de trabalharem em condições precárias, sem estrutura adequada e no caso dos médicos, com sobrecarga de trabalho, dependem de seus salários para sobrevivência e o custeio da família.

Em contrapartida, a imprensa divulga que os gastos com alimentação nos três palácios do estado alcançam R$ 896.373 em 2017, numa lista que vai de camarões a cervejas belgas. Isso representa um aumento de 24,8% nesse tipo de despesa, que custou R$ 718.000 em 2016. Enquanto isso, como os servidores vão pagar suas contas, senhor Governador ? Como vão se alimentar e sustentar suas famílias?

O sindicato lembra que a Administração Pública tem o dever, e não a faculdade, de pagar pelos serviços recebidos conforme acordado, inclusive sem qualquer outra iniciativa do particular, sob pena de ofensa ao princípio da legalidade e de enriquecimento ilícito. Além disso, é muito importante que a gestão mantenha diálogo com a categoria médica e sua entidade representativa, o Sindicato, que efetivamente luta em defesa do médico.

Fonte: Sinmed-MG