29/08/2017
29/08/2017
Diante da declaração do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, à imprensa, no último sábado (26), de que a guarda municipal não vai voltar aos postos de saúde e de que é “uma aberração que se torna normal a atuação da guarda na segurança dos postos”, o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG) tem a declarar:
“Senhor Prefeito, a presença de guardas municipais nos postos da capital mineira não é uma aberração; e sim uma necessidade já que, como o Sinmed-MG vem denunciando à imprensa, a violência nas unidades de saúde tornou-se uma rotina que afeta, em proporções crescentes, o trabalho do médico e o atendimento à população.
Esta é a realidade que cresce sem que nenhuma providência seja tomada pela Prefeitura. Levantamento apresentado pelo Sinmed-MG mostra que somente este ano foram mais de 70 denúncias de violência, envolvendo também os postos. Estes números podem ser ainda maiores, visto que nem todos os médicos e servidores tornam público as agressões.
Desde a retirada dos porteiros dos centros de saúde e do serviço de “Posso Ajudar?”, a situação piorou ainda mais. Portanto prefeito, se não pode ter guarda municipal nos postos, o que será proposto para mudar a situação? Não se pode mascarar uma realidade que está aos olhos dos servidores e da população.
Kalil também afirma “Não falta remédio porque não falta dinheiro. Tem dinheiro para comprar remédio. De vez em quando tem uma falta emergencial aqui, uma falta ali, mas isso nós vamos resolver com inteligência”. Queremos ressaltar que a realidade destacada pelos pacientes e médicos não é essa; existem unidades (as urgências por exemplo) nas quais há falta de medicamentos e também de materiais básicos para suprir a necessidade urgente como papel toalha, sabão, papel higiênico, etc.”
O Sinmed-MG, como porta-voz dos médicos e da sociedade, busca uma solução URGENTE da gestão e por isso aguardamos a próxima reunião com representantes da PBH para tratar destas reivindicações de segurança e garantia de medicamentos e insumos nas unidades, COM UMA PROPOSTA CONCRETA.
Não SOMOS omissos e nem compactuamos com declarações que não condizem com a realidade na saúde de Belo Horizonte. Ainda há muito o que se fazer nessa área e lutamos para mostrar à Prefeitura que ainda há tempo de mudar a realidade, antes que o caos se instale de forma definitivamente nas unidades da capital.
Fonte: Sinmed-MG