25/08/2017
25/08/2017
Em estado de greve desde o dia 26 de julho, os médicos municipários de São Leopoldo reivindicam melhores condições de trabalho e o pagamento dos salários em dia. Na tarde desta quinta-feira (24), o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) esteve no Ministério Público do município para conversar com a promotora Alexandra Carniel e expor os motivos que levaram à definição.
Dificuldades nos exames
Além do parcelamento de salários, que fere a Lei Orgânica do município – o pagamento integral do valor deveria ocorrer até o último dia útil do mês trabalhado -, os médicos têm enfrentado dificuldades no exercício da profissão.
O principal problema está nos exames, com resultados que chegam a demorar até três meses para chegar. Outros, como mamografia, tomografia de crânio e ressonância magnética não estão disponíveis ou não contam com autorização para serem realizados.
“Até mesmo cirurgias têm sido represadas pela falta de pagamento dos salários dos anestesistas, por exemplo. Eu sei que se investe muito em saúde em São Leopoldo, mas será que esses valores são gastos de forma a garantir o melhor retorno? Precisamos buscar alternativas para solucionar esse quadro, que é preocupante”, ressalta o diretor do SIMERS André Gonzales.
Gonzales pediu ainda que o Ministério Público acompanhe o quadro de perto e tencione o município a respeitar o pagamento dos servidores, de acordo com a legislação. Alexandra se comprometeu em também encaminhar o ofício entregue pelo Sindicato à promotora Alessandra Moura Bastian, responsável por conduzir situações específicas da área da saúde.
Fonte: Simers