MG: Sinmed participa de segunda audiência pública sobre violência nas unidades de saúde de BH

11/08/2017

MG: Sinmed participa de segunda audiência pública sobre violência nas unidades de saúde de BH

11/08/2017

Dando continuidade às ações para redução dos casos de violência nas unidades de saúde da capital, o secretário-geral do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), André Christiano dos Santos, participou, dia 8 de agosto, de mais uma audiência pública na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), A primeira audiência sobre o mesmo assunto foi realizada, dia 5 de junho, também na CMBH.


Além do diretor do Sinmed-MG, participaram o secretário Municipal de Saúde (SMSA), Jackson Machado Pinto; a vice-presidente do Sindidel, Ilda Alexandrino; a gerente de Assistência à Saúde da SMS, Tassiana Carvalho; a conselheira municipal de Saúde, Carla Anunciatta; e o subinspetor Guimarães, da Guarda Municipal.


As audiências públicas foram promovidas pela Comissão de Administração Pública e o autor do requerimento foi o vereador Dr. Nilton (Pros).


Impacto da violência nos trabalhadores e usuários


 Na ocasião, o secretário-geral do Sinmed-MG disse que o aumento da violência nas unidades de saúde, depois da demissão em massa dos mais de 150 porteiros que atuavam nos centros de saúde da capital, em 2016, e da retirada da guarda municipal das unidades pela atual gestão da PBH, é um assunto de suma importância tanto pelo impacto que causa nos trabalhadores como para os usuários do sistema de saúde.


 O representante do Sinmed-MG comentou que, depois da primeira audiência, alguns avanços foram conquistados. “A formação de um grupo efetivo de trabalho, formado por entidades sindicais, secretaria de Saúde e trabalhadores, foi positivo. Um dos resultados do trabalho foi a criação de uma ferramenta para notificação do fluxo de abordagem dos episódios de violência: “Em apenas dois meses foram notificados 73 casos de violência”, explicou André Christiano dos Santos.


 O secretário-geral do sindicato destacou que, infelizmente, houve um aumento comprovado nos episódios de agressões físicas e verbais contra funcionários e usuários nas unidades de saúde.


 André Christiano também lembrou que os seis casos de violência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nordeste, em 10 dias, culminaram em um ato público, dia 18 de julho, que também teve a participação do sindicato, do Sindibel, do Conselho Municipal de Saúde, dos funcionários e da população.


 “Através dessa iniciativa conquistamos outro avanço, que foi a inserção do patrulhamento fixo noturno dos Guardas Municipais nas UPAS. Apesar disso, temos conhecimento que a Guarda Municipal não tem feito o devido patrulhamento nas unidades”, lamenta.


Na audiência pública, o secretário geral leu a carta de uma médica da UPA Leste, que foi encaminhada para o Sinmed-MG. No relato, a médica descreveu uma situação de violência em que foi exposta no dia 30 de julho. A profissional contou que a unidade foi invadida por duas pessoas que alegaram estarem sendo perseguidas por dois cidadãos armados. Segundo o documento, a Guarda Municipal não se encontrava na unidade, naquele momento, e somente depois da chegada da Guarda e da PMMG o problema foi resolvido.


Diante da resposta do secretário municipal de Saúde, o vereador Dr. Nilton propôs aos participantes uma reunião com o prefeito Alexandre Kalil para discutir a situação e buscar uma solução para o problema.


O Sinmed-MG tem acompanhando de perto toda a situação e está tomando iniciativas para mudar o cenário. O sindicato também ressalta que vai continuar cobrando uma postura efetiva e uma resposta em relação à falta de segurança nas unidades de saúde, que se tornou um problema grave para todos os profissionais da saúde e usuários do sistema de saúde.


Fonte: Sinmed-MG

whatsapp button