A Federação Nacional dos Médicos (FENAM) realizou, na noite desta terça-feira (8), uma reunião on-line com a Associação dos Médicos pelo Brasil para discutir questões que vêm impactando os profissionais da categoria. Entre os temas abordados, destacam-se as recentes mudanças nos critérios para a obtenção do título de especialista e do Registro de Qualificação de Especialista (RQE). As alterações que foram aplicadas para a nota da prova de obtenção do título de especialista geraram preocupações e serão motivo de negociação da Federação Nacional dos Médicos com a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC).

Entre os principais pontos questionados está o aumento da nota de corte da prova, que passou de 50 para 60, e da pontuação mínima geral, que subiu de 60 para 70. Essas mudanças resultaram em um alto índice de reprovação. Segundo levantamento de cursos preparatórios, a taxa de aprovação chegou a apenas 15%.

Outro ponto criticado foi a retirada da pontuação extra por tempo de atuação profissional na área, que anteriormente poderia representar até 40% da nota total. Médicos com longa experiência prática deixaram de ser beneficiados, o que gerou indignação entre os profissionais da linha de frente.

A FENAM destacou ainda a importância do programa Médicos pelo Brasil e de seu plano de carreira. A entidade considera a iniciativa um passo fundamental para a valorização da categoria médica e defende que esse modelo possa ser ampliado para municípios e estados, como base para um plano de carreira nacional. A federação também reforçou a necessidade de estreitar laços com a Associação dos Médicos pelo Brasil na defesa dos profissionais que buscam qualificação e progressão na carreira pública.

Participaram da reunião a FENAM, sendo representada pelo seu presidente, Dr. Geraldo Ferreira e pelos diretores, os doutores Jorge Darze, Marlonei Santos, Felipe Vasconcelos e Augusto Ribeiro. Pela Associação de Médicos pelo Brasil participaram o presidente, Carlos Eugênio, o vice-presidente Marcelino Cabral, diretores, assessoria jurídica e médicos que integram o programa.