
A cada dia o trabalho dos médicos é mais desvalorizado. Com uma concorrência que aumenta com o grande número de médicos formados, os empresários gananciosos, planos de saúde e empresas de terceirização fazem a festa. Plantões que chegavam a dois mil reais, hoje não passam de mil. As consultas sem reajuste há anos, apesar da lei federal 9.656/98 determinar negociações anuais entre operadoras e médicos, faz agora uma marcha de decréscimo do valor. Os sindicatos sob ataque e asfixiados pela reforma trabalhista que retirou sua sustentação financeira e abriu a porteira da precarização, travam uma luta feroz. A reforma administrativa ameaça ser uma pá de cal na dignidade do trabalho no serviço público. Não há saída para o médico fora do movimento sindical, é ele que trava as lutas do futuro: Concurso, piso, carreira, combate à pejotização e às terceirizações, negociações por reajustes, acordos coletivos. Para resgatar a dignidade de nosso trabalho e garantir avanços, mesmo enfrentando a tormenta, o instrumento é o sindicato médico.
Dr. Geraldo Ferreira – Presidente do Sinmed RN e da Fenam