BA: Eleições do Sindimed aguardam mediação do MPT

09/04/2018

BA: Eleições do Sindimed aguardam mediação do MPT

09/04/2018

Diante dos problemas encontrados para conclusão do processo eleitoral, a definição das eleições do Sindicato dos Médicos da Bahia passou a depender, neste momento, da participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Justiça do Trabalho.


Desde o início, o pleito foi marcado pela transparência, autonomia e independência em relação à diretoria do Sindimed. Conforme determina o Estatuto da entidade, foi constituída uma Comissão Eleitoral idônea, que assumiu com empenho e seriedade a condução dos trabalhos.


Para reforçar a transparência do processo, a Comissão Eleitoral fez questão de incorporar aos seus procedimentos o acompanhamento de todas as chapas concorrentes, com participação de pelo menos um representante de cada uma delas em suas reuniões.


Logo no início do processo, a Comissão fez a constatação de que alguns nomes de candidatos das chapas 2 e 3 não atendiam aos requisitos determinados no Estatuto do Sindicato, tornando-os, portanto, inelegíveis no pleito. As chapas, entretanto, houveram por bem acatar as inscrições, através de acordo assinado, em nome da celeridade que o processo demandava, embora reconhecessem que tal decisão estivesse em desacordo com o Estatuto.


Apurados os votos da capital – na data e horário estabelecidos pela Comissão -, restaram pendentes os votos dos médicos do interior, que participam do pleito por correspondência.


Embora a postagem das cédulas, com as devidas cartas-respostas, tenha sido feita no prazo estatutário, muitos médicos do interior queixaram-se de que não haviam recebido a correspondência e os votos da grande maioria não chegaram na urna. É sabido que, além da morosidade habitual dos Correios, houve uma greve naquele período, tudo concorrendo para o atraso verificado.


Diante dessa dificuldade relatada e face à importância de garantir a expressão da vontade dos colegas do interior, a Comissão, a pedido das chapas 2 e 3, prorrogou – por duas vezes – o prazo para recebimento das cartas com os votos.


Na data limite para apuração desses votos, dia 2 de abril, foi constatado que 86 cartas-respostas não continham carimbos de data de postagem e outras 35 não apresentavam qualquer sinal que identificasse sua passagem pelos Correios.


Mais uma vez, a apuração teve que ser suspensa, até que se pudesse identificar a causa do ocorrido e se definissem critérios para a validação ou não daqueles votos. Assim, novamente, a Comissão Eleitoral, acompanhada de representantes das três chapas concorrentes, buscou – sem êxito – junto aos Correios, o esclarecimento dos fatos.


A essa altura, já havia interpelação na Justiça do Trabalho por parte de médicos sindicalizados que acompanhavam de perto o processo eleitoral, questionando possíveis quebras do Estatuto e, por consequência, a validade do pleito. Além disso, a diretoria do Sindimed e a chapa 2 recorreram ao MPT para uma mediação na definição do processo eleitoral.


Diante de todos os fatos e pelo esgotamento das possibilidades de soluções no âmbito da Comissão, o Dr. Antônio Nery apresentou sua renúncia à tarefa recebida, sendo seguido pela presidente, Dra. Elvira Côrtes, e pelo terceiro membro, Dr. Antônio do Vale Filho, atitude esta aceita pela diretoria do Sindimed, que fez questão de enaltecê-los e agradecer pelo sacrifício pessoal empenhado por todos eles durante esta difícil fase do processo eleitoral.


A diretoria do Sindimed aguarda, agora, a mediação do MPT, na expectativa de uma solução negociada, que permita a superação do impasse, através da realização de novo pleito, com a observância plena do estatuto da entidade e a participação maciça dos médicos da capital e do interior.


Fonte: Sindimed-BA

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