16/03/2018
16/03/2018
A falta de pagamento salarial levou os médicos do 16º Centro de Saúde a restringir os atendimentos, uma dcisão tomada nesta quinta-feira (15), após seguidas tentativas de ver a situação regularizada. Segundo o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, a empresa gestora daquela unidade, a Pró-Saúde, deve o mês de fevereiro aos celetistas e janeiro e fevereiro aos pejotizados. A alegação é de que precisa receber da prefeitura o repasse necessário ao pagamento.
Devido ao grave problema, apenas os casos de urgência e emergência passaram a ser atendidos no 16º Centro de Saúde, localizado na rua Marquês de Maricá, bairro do Pau Miúdo. Os médicos se queixam também da falta de bomba de infusão, respirador e monitor cardíaco, aparelhagem que a Pró-Saúde – Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sustenta ser da responsabilidade da prefeitura.
Extraoficialmente, corre a informação de que a gestora não recebeu o repasse necessário porque apresenta junto à Secretaria Municipal de Saúde uma pendência na documentação que comprova recolhimento previdenciário dos funcionários. Mas a hipótese de retaliação por parte da prefeitura também não está descartada. É que no dia 28 de fevereiro, após um pedido da Pró-Saúde, o Tribunal de Contas dos Municípios suspendeu a assinatura do contrato de gestão do Hospital Municipal de Salvador, que está em construção pela prefeitura. A Pró-Saúde havia sido desclassificada no processo de chamamento público mesmo tendo apresentado valor de contrato R$ 15 milhões inferior ao que foi oferecido por sua concorrente e vencedora do processo, a Santa Casa de Misericórdia, cujo contrato é de R$ 464.110.434,66.
A seleção pública foi realizada em 22 de novembro do ano passado, com estimativa oficial de inaugurar o hospital ainda no primeiro semestre deste ano, no fim de linha da Boca da Mata, Cajazeiras (antigo Sítio União). Obra, projeto e equipamentos estão orçados em de cerca de R$ 120 milhões. O hospital terá 210 leitos, sendo 30 de UTI (adulto e pediátrico), 150 de clínica médica cirúrgica e 30 de clínica pediátrica.
Fonte: Sindimed-BA