18/09/2017
18/09/2017
Dores intensas por várias partes do corpo que provocam fadiga, distúrbios do sono e episódios depressivos. Esses são os sintomas narrados por quem é diagnosticado com fibromialgia. A doença é silenciosa, não detectável em exames laboratoriais e, às vezes, não causa qualquer transformação externa na pessoa.
A origem da doença ainda não é totalmente conhecida. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) calcula que a fibromialgia afeta cerca de 3% da população. A fibromialgia acomete mais as mulheres na faixa etária de 30 a 55 anos, mas existem alguns casos em pessoas mais velhas, crianças e adolescentes. Por isso, a sociedade alerta para a importância de os pais observarem sintomas como dor desproporcional a lesões ou excesso de fadiga.
Por estar relacionada com casos de depressão, muitas vezes a fibromialgia é vista como um transtorno apenas psicológico. “Como boa parte dos pacientes sofre muito porque tem dor crônica, eles acabam sendo imputados como doentes psicológicos, o que não é verdade. Eles sentem dor mesmo”, reforça o reumatologista e coordenador da Comissão de Dor, Fibromialgia e outras Síndromes de Partes Moles, da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), José Eduardo Martinez.
Apesar de nem todos os pacientes com fibromialgia apresentarem variação de humor, o médico destaca a existência de uma relação entre as doenças. “A dor crônica leva à depressão e a depressão leva à dor crônica. Hoje a gente considera a depressão como fator agravante de quem tem fibromialgia”, explica o reumatologista.
Diagnóstico
Com a dor persistente, o paciente deve procurar um reumatologista. O profissional irá realizar um exame no qual deve se manifestar dor em ao menos 11 dos 18 locais esperados de pontos musculares dolorosos. Antes de dar o diagnóstico de fibromialgia, o médico irá excluir outras condições clínicas, como doenças reumáticas e distúrbios primários do sono.
Tratamento
Segundo o serviço britânico de saúde pública (NHS, na sigla em inglês), os tratamentos para os sintomas da fibromialgia podem ser uma combinação de medicamentos, como antidepressivos e analgésicos, terapias cognitivo-comportamentais e mudanças no estilo de vida, como exercícios físicos e técnicas de relaxamento.
Muitos pacientes com fibromialgia sentem que fazer exercício lhes trouxe muitos benefícios em particular, entre eles a redução da dor.
Fonte: FENAM, com informações do Portal Brasil e BBC