Comemoramos em 7 de abril o “Dia Mundial da Saúde”; data que deveria ser celebrada com saldo positivo em todo o país. Entretanto, como pilar da vida humana e indicador de desenvolvimento de um país, ela agoniza no Brasil por falta de investimentos adequados e no setor público principalmente pelo sucateamento e desassistência da gestão.

O SUS mesmo sendo um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo está ameaçado, inviabilizando o atendimento aos mais de 150 milhões de brasileiros que dependem dessa assistência.

Para este ano de 2018, o governo anunciou que o orçamento global na Saúde foi de R$ 130,8 bilhões mas os investimentos, no entanto, devem continuar em queda. Apenas R$ 5,4 bilhões foram autorizados para este ano. Em 2017, as aplicações somaram orçamento de R$ 8,2 bilhões.

E a falta de investimentos torna-se um gargalo não apenas no nível federal mas estadual e municipal. Cortes orçamentários, serviços não habilitados por falta de verbas e atrasos na liberação de recursos por parte do governo são alguns problemas que estão levando a um colapso no atendimento de saúde.

Em Minas Gerais, um levantamento do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS/MG) mostra que o estado deve aos municípios mineiros o valor de R$ 2.447.218.893,00. Essa dívida, além de prejudicar o controle orçamentário dos municípios, causa fechamento de unidades de saúde, afetando diretamente a população.

Além disso, nas visitas a hospitais e unidades de saúde que o Sinmed-MG realizou nos últimos meses, constatamos de perto a situação dramática de algumas delas. Dentre os diversos problemas encontrados, destacamos em muitas delas a falta de segurança, superlotação, escalas incompletas, sem medicamentos, entre outros. Sem contar que os pacientes muitas vezes são acomodados em corredores, à espera de uma vaga.

Diante destes e muitos outros apontamentos que são rotineiros e conhecidos por toda a sociedade, há uma pergunta ainda sem resposta: o que comemorar na saúde?

Na busca de respostas é que o Sinmed-MG vai continuar na luta e na defesa da Saúde, como uma prioridade para a população. Não queremos uma saúde na UTI e uma comemoração simbólica; queremos verdadeiramente comemorar cifras de evolução neste setor que está tão carente de recursos.


Fonte: Sinmed-MG