Mais uma vez, o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG) recebe denúncias de médicos da Maternidade Odete Valadares (MOV) que relataram ao sindicato escala de plantão reduzida no final de semana, nos dias 27 e 28 de outubro.

Neste plantão, consta apenas dois obstetras, um anestesista e um pediatra para atender toda a demanda de gestantes que chegam à maternidade. Os médicos informaram que houve redução da escala, já que no minimo, deveriam ter dois profissionais de cada especialidade na urgência.

O sindicato entende que a situação é preocupante e a entidade tem denunciado a alguns meses que a Maternidade está funcionando com equipes incompletas e por isso muitos pediatras e outros especialistas como obstetras e anestesiologistas estão fazendo plantões extras e cobrindo os “buracos” nas escalas de plantão.

Além disso, a diretoria do sindicato constatou, em visita realizada no primeiro semestre deste ano, outros problemas como a falta de condições adequadas de trabalho, infraestrutura precária e sucateamento que afetam todas as unidades da Fhemig.

“A tentativa de amenizar os problemas está se arrastando há muito tempo e os médicos já não aguentam mais a sobrecarga e pressão para atender a alta demanda. Com isso, quem fica prejudicada é a população que vai ao hospital e não tem médico para atender”, destaca o presidente do Sindicato, Fernando Mendonça.

Por essas razões, o sindicato está mobilizando os médicos para a campanha reivindicatório dos médicos do estado que, após assembleia geral, já definiram por paralisação dos atendimentos no dia 9 de novembro em todas as unidades da Fhemig, incluindo a MOV.

Além disso, o Sinmed-MG toma providências, acionando a imprensa e cobrando da gestão ações efetivas para mudar a triste realidade dos hospitais da Fhemig.

O Sinmed-MG destaca que esta situação caótica na MOV precisa mudar: não adianta apenas promessas, é preciso efetivamente ampliar as escalas de médicos e melhorar as condições de trabalho da Unidade que é referência em obstetrícia no estado

A MOV é um hospital de referência no atendimento a gestações de alto risco e atende a população carente de Belo Horizonte e Região Metropolitana. São realizados, em média, de 300 a 350 partos por mês.

Fonte: Sinmed-MG