13/12/2017
13/12/2017
Nesta quarta-feira, 13 de dezembro, médicos da Fundação Hemominas realizam redução de atendimentos, em 50% da média na triagem de doadores, por tempo indeterminado, até que haja uma resposta do governo às reivindicações da categoria.
A decisão é uma das estratégias da campanha reivindicatória dos médicos do estado que estão mantendo ações de mobilização nos hospitais e unidades da rede pública de saúde para mostrar a insatisfação da categoria com a política de saúde do governo Pimentel.
Os médicos da fundação destacam o descaso do governo com a hemoterapia, não autorizando reposição de servidores e reduzindo vagas para transfusão e sangria, por falta de enfermeiros. Quem sofre nesse caso é a população que fica desassistida.
Além disso, com a não reposição dos médicos aposentados ou exonerados muitos pacientes estão sem acompanhamento, conforme os protocolos seguidos pela Fundação. Pacientes ficam meses na fila aguardando consultas e a fundação está há vários meses sem fisioterapeutas no ambulatório.
As crianças que fazem o teste do pezinho, após a primeira consulta, também não têm médico assistente definido pela falta de profissionais no ambulatório
Composta por 21 unidades responsáveis por coleta de sangue e uma unidade transfusional em Frutal, a Fundação Hemominas atende à maioria dos estabelecimentos de saúde do estado e é uma importante referência no estado, com abrangência de cerca de 800 municípios.
Estratégias de paralisação
Os médicos destacam que a decisão de reduzir os atendimentos não visa prejudicar a população, mas sim mostrar ao governo que a situação já está caótica e gerando problemas para aqueles que precisam de atendimento.
Confira como ficará a redução dos atendimentos:
– No dia 13/12 e nos sábados subsequentes atendimento de 50% da média na triagem de doadores.
-Suspensão do atendimento dos agendamentos de primeiras consultas e agendamentos de sangrias e transfusões para pacientes externos.
As estratégias serão revistas na Assembleia Geral do estado, no dia 20 de dezembro.
Lembrando que os médicos do estado ( Administração Direta, Indireta e Fundacional) estão em campanha reivindicatória e já realizaram paralisações e protestos:
9 de novembro: paralisação geral dos médicos com ato público na porta do HPS João XXIII
17 de novembro: protesto dos médicos da Maternidade Odete Valadares
24 de novembro: ato público no HIJP II
6 de dezembro: paralisação no Hospital Júlia Kubistchek,
12 de dezembro: paralisação dos Hospital. HPS João XXIII e HIJP II e ato público na porta do Pronto Socorro
Nova assembleia acontece dia 20 de novembro e caso as reivindicações não sejam atendidas, tais como melhoria nas condições de trabalho e pagamento em dia dos salários, os médicos podem paralisar por tempo indeterminado a partir do dia 21
Fonte: Sinmed-MG