09/10/2017
09/10/2017
Os diretores do Sinmed-MG, Ariete Araújo e Antônio Sérvulo, estiveram na sexta-feira, dia 6 de outubro, na Maternidade Odete Valadares para averiguar as condições de trabalho no hospital. Essa é a sexta unidade da rede Fhemig visitada pelo sindicato nos últimos seis meses. Os diretores já estiveram nos hospitais Joao XXIII, João Paulo II, Alberto Cavalcanti, Galba Veloso e Julia Kubtscheck.
O objetivo das visitas é ouvir os médicos de cada unidade sobre os principais problemas enfrentados no dia de trabalho e colocar o sindicato à disposição para as demandas coletivas e individuais dos profissionais.
Segundo os diretores, a rede Fhemig está completamente sucateada e a Maternidade Odete Valadares não deixa dúvidas sobre isso. Funcionando em um prédio com 62 anos de existência, o hospital, que foi criado como uma “casa de parto”, não atende hoje as exigências mínimas de segurança. A ausência de rampas de acesso aos CTIs é um exemplo disso, situação que se agrava quando os elevadores têm algum problema. O ar condicionado também não funciona a contento.
O hospital que conta com 164 leitos ativos é referência no Estado no atendimento a gestantes e bebês de alto risco. Graças ao esforço e dedicação dos profissionais ali presentes, apesar de todas as dificuldades, tem índices a comemorar, como a menor taxa de cesárias (25%) do país para uma unidade de alto risco.
A diretoria visitou todo o hospital acompanhada pelo diretor da unidade, Francisco Viana. Chamou a atenção, a grande quantidade de equipamentos e materiais diversos espalhados pelos corredores, que muitas vezes parecem verdadeiros depósitos. Ao final de um corredor, os diretores se depararam inclusive com uma sala de enfermagem, alocada ali por falta de espaço e para que pacientes não sejam desalojados.
O diretor da MOV argumentou que apesar da estrutura frágil, a unidade conta com equipamentos de primeiro mundo, como um vácuo extrator e tem todos os recursos para atender tanto as gestantes como as crianças.
Durante a visita, médicos abordados pela diretoria fizeram algumas queixas como : faltam copos, roupa de cama, material para entubação de fios, monitor, cautério, “foco” na sala de cirurgia entre outros. Dra Ariete comentou sobre o sucateamento da unidade, sendo comuns os vazamentos, entupimentos, com graves problemas na parte hidráulica. A aparência geral do imóvel é bastante precária, com portas estragadas, paredes envelhecidas e cadeiras rasgadas.
Fonte: Sinmed-MG