MG: UPA Nordeste: ato por mais segurança tem ampla cobertura da mídia

19/07/2017

MG: UPA Nordeste: ato por mais segurança tem ampla cobertura da mídia

19/07/2017

Com a presença maciça dos órgãos de imprensa, os médicos e demais profissionais da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nordeste, bairro São Paulo, realizaram, esta manhã, um ato público em protesto à falta de segurança na unidade. Só nos últimos dias, a UPA registrou cinco casos de violência contra médicos. As lembranças do passado trazem outros episódios traumatizantes – tiroteios, roubos e até tentativa de estupro de servidora.

O presidente do Sinmed-MG, Fernando Mendonça, e a diretora de Mobilização, Ariete Araújo, estiveram presentes e concederam várias entrevistas sobre o assunto aos jornalistas presentes. Também participaram diretores do Sindibel e representantes do Conselho de Saúde.

O protesto teve início às 7 horas da manhã e vai se estender até às 19 horas. Durante o período serão atendidas as urgências e emergências. Os médicos estão trabalhando vestidos de preto e distribuindo panfletos para a população, com informações sobre o movimento.

A falta de segurança nas unidades de saúde é uma realidade que cresce a cada dia. Segundo levantamento realizado pelo Sinmed-MG, em parceria como Sindibel, só este ano foram mais de 50 denúncias de violência, envolvendo postos e unidades de urgência. Números que podem ser ainda maiores, visto que nem todos os médicos e servidores tornam públicas as agressões.

A situação começou a ficar crítica no ano passado, com a retirada dos porteiros dos centros de saúde e do serviço de “Posso Ajudar?”. Completando o quadro de verdadeiro abandono, este ano, já na gestão Kalil, a Prefeitura retirou a guarda municipal que atendia as UPAs, alegando falta de recursos. Com isso, os episódios de violência aumentaram ainda mais.

Durante o protesto, os guardas municipais estiveram presentes. Conforme declaração do presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, Fernando Mendonça, essa deveria ser a realidade das UPAS no dia a dia, e não apenas em situações como a de hoje.

Durante o ato, Mendonça disse considerar inadmissível a ocorrência de episódios de violência com profissionais que estão ali para cuidar das pessoas: “Esse problema não é só da UPA Nordeste, é de todas as unidades. Fiquei feliz em ver a guarda municipal aqui hoje, mas pena que eles vão embora assim que acabar o movimento e é por isso que precisamos ficar mobilizados”.

Mendonça reforçou que a responsabilidade pela segurança é do prefeito Kalil, da Prefeitura – “O problema não é do médico, do enfermeiro, do administrativo que está aqui . O problema é lá dentro do gabinete que não traz para cá os recursos necessários para atender a população, é a falta da fita de glicose, a falta do fio de sutura, falta dos medicamentos, Queremos ser tratados não com carinho, como o prefeito disse, mas com respeito e dignidade”.

Ao finalizar, lembrou que a busca da segurança não é apenas para o profissional que trabalha no posto mas para a população que é atendida, e que também pode ser uma vítima das agressões e episódios de violência.

Fonte: Sinmed-MG

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