29/11/2017
29/11/2017
Os diretores do Sindicato dos Médicos do Norte do Paraná ( Sindmed), Alberto Toshio Oba, Mário Machado Junior, Cláudio Talarico e Denio Balarotti percorreram na segunda-feira (27) no final da tarde as unidades de pronto atendimento do Jardim do Sol e Jardim Leonor, em Londrina (PR). Participaram da visita o promotor Paulo Tavares, da Promotoria de Justiça de Direitos Constitucionais, o vereador João Martins, que preside a Comissão de Seguridade Social da Câmara Municipal, além de assessores. Há cerca de 15 dias, o grupo visitou também a UPA do Jardim Sabará.
O objetivo foi conferir in loco as condições de trabalho dos médicos e o atendimento à população. A proposição dessas visitas foi feita pela diretoria do Sindmed, que desde o início da atual legislatura – e ainda antes, durante a gestão de Alexandre Kireeff – vem cumprindo agenda de reuniões junto aos representantes do poder público, empenhado em colaborar na busca de soluções às demandas dos mais de 400 médicos do serviço público municipal de Londrina.
Segundo o presidente do Sindicato, Alberto Toshio Oba, o que se verifica deixa claro a situação absolutamente precária da assistência à saúde na cidade. “Faltam condições dignas de trabalho para os médicos e no atendimento à população. As questões de infraestrutura, a falta de manutenção preventiva e emergencial, a falta de medicamentos e materiais básicos são comuns nas unidades visitadas. O que vimos e as informações que levantamos mostram um quadro realmente crítico e as entidades da área da saúde, bem como a comunidade em geral, precisam se mobilizar para reverter essa situação”, enfatiza.
Rachaduras no chão e nas paredes, lajes desabadas, infiltrações, aparelhos de ar condicionado que nunca funcionaram, portas quebradas, falta de cadeiras de rodas, falta de vários medicamentos – incluindo antibióticos e antialérgicos de uso comum, – falta de lençóis e até de papel toalha para secagem de mãos se somam a consultórios deteriorados e quentes, com móveis quebrados, sem cortinas, salas de curativos sem pias, falta de segurança para equipe de funcionários, sobrecarga de trabalho e mais uma série de problemas. No tempo de espera para atendimento, os pacientes de casos classificados pela triagem como não urgentes chegam a aguardar até quatro horas . “O número de médicos nas escalas também foi reduzido. Falta tudo, de materiais a pessoal”, afirma Oba.
O presidente do Sindicato lembra que as principais reivindicações da categoria incluem a criação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) – destacando o fato que na Prefeitura de Londrina médico é contratado como “promotor de saúde” e não como médico; melhoria das condições de trabalho dos profissionais – desde materiais, segurança, suporte de apoio em relação à alta complexidade e também uma resolutividade maior do sistema de saúde com o intuito de aliviar a sobrecarga de trabalho da categoria; reposição das perdas salariais acumuladas entre os anos 2000 e 2009 e a complementação dos percentuais pagos pelo exercício de Atividade de Responsabilidade Técnica (ART). Os médicos recebem hoje 25% de ART enquanto os demais funcionários de nível superior alcançam 70%. Isso devido a uma manobra ocorrida em 2011, na gestão do então prefeito Barbosa Neto, e num flagrante descumprimento à legislação.
Fonte: Sindmed-PR