23/02/2018
23/02/2018
O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) entregou ontem na terceira reunião do Fórum em Defesa da Liberdade Sindical, que reúne seis centrais sindicais, federações e sindicatos de trabalhadores, denúncias de práticas antissindicais que a entidade vem recebendo de alguns órgãos governamentais.
Recentemente, um desses órgãos chegou a lançar nota oficial orientando os médicos a não recolher a contribuição sindical, reforçando a campanha da mídia em geral contra a sustentabilidade do movimento sindical e ajudando no enfraquecimento da luta Simepar por melhores salários e condições de trabalho.
Além do Simepar, o Fórum recebeu denúncias de sindicatos de outras categorias. Com o auditório do Ministério Público do Trabalho (MPT) lotado de lideranças sindicais, o advogado e professor da UFPR, Sandro Lunard Nicoladeli apresentou o manifesto do Fórum do Movimento Sindical. O documento que contém três eixos principais: negociação coletiva, antissindicalidade e custeio sindical é o resultado da unidade das seis centrais sindicais para enfrentar a reforma trabalhista.
Para um dos idealizadores do Fórum, o procurador do Trabalho no Paraná Alberto Emiliano de Oliveira Neto, vice-coordenador nacional da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical , do MPT. A ideia é que MPT e as entidades sindicais possam construir uma narrativa conjunta de efetiva promoção da liberdade sindical e também mecanismos para defender os órgãos de proteção ao trabalho como: Ministério do Trabalho, Justiça Trabalhista, MPT e as entidades sindicais.
O lançamento oficial do Fórum em Defesa da Liberdade Sindical, ocorrerá no dia 12 de março, em Curitiba. Entre outras atividades, o Fórum pretende colocar em prática diálogo social entre MPT e as entidades sindicais; diretrizes para autorregulamentação da negociação coletiva; mapeamento da antissindicalidade no Estado e um estudo científico sobre a natureza da liberdade sindical, envolvendo MPT, centrais sindicais, DIEESE, UFPR e a OIT.
Fonte: Simepar