19/12/2017
19/12/2017
Os médicos e servidores municipais de Duque de Caxias (RJ) reuniram-se em uma assembleia, na manhã dessa segunda-feira (18), e decidiram retornar à greve.
Foi dado um aviso de 72 horas à prefeitura, e tão logo este prazo seja vencido, a greve se reiniciará. O motivo é o descumprimento feito no acordo firmado na última assembleia, realizada em 30 de novembro, entre o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Dr. Jorge Darze, com o prefeito de Caxias, Washington Reis e com o secretário de Saúde, Dr. José Carlos de Oliveira, para que as partes entrassem em um acordo sobre os salários atrasados.
O governo propôs um parcelamento da dívida, e que o valor seria quitado até março de 2018. Esta agenda de pagamento dos salários atrasados deveria ter começado no último dia 15, mas nem todos os servidores tiveram seus salários pagos.
Além disso, outro grave problema é o desconto motivado pela greve. Segundo Dr. Darze, essa situação é um absurdo. “Estão descontando esse dinheiro que foi “roubado” pela prefeitura, devido ao fato de os servidores lutarem pelo seus direitos com a greve”, disse. O dirigente lembrou ainda que a greve é absolutamente legal, pois há uma jurisprudência no Supremo Tribunal Federal (STF), que reconhece que as greves em atividades essenciais, quando o motivo é a falta de pagamento do salário, ela é legal, como é o caso dos servidores de Caxias.
A greve será feita nos moldes da greve anterior, onde se manterá o atendimento de urgência e emergência e os demais serviços estão suspensos até que o governo cumpra suas obrigações com os trabalhadores.
Fonte: FENAM