Os supersalarários dos privilegiados e os salários aviltantes dos médicos

Os supersalarários dos privilegiados e os salários aviltantes dos médicos

Os supersalarários dos privilegiados e os salários aviltantes dos médicos

O Relatório Benchmark Internacional sobre tetos salariais do Serviço Público mostra uma realidade chocante no Brasil. De agosto de 2025 a julho de 2025 os extra-tetos consumiram 20 bilhões. De quatro milhões de servidores, 53 mil, ou 1% do total, são responsáveis pelo rombo. Disparadamente é na magistocracia que se situam os privilégios dos extra-tetos, 21 mil juízes recebem 11 bilhões de extras, 10 mil membros do Ministério Público recebem 3 bilhões, e 12 mil servidores do executivo embolsam 4 bilhões a mais. O Brasil é o 2° país do mundo em gastos com o judiciário. O remédio proposto pelo parlamento é a Reforma Administrativa, no entanto cada categoria privilegiada já procura seu meio de ser excluída da reforma e de manter seus penduricalhos. A grande mentira da Reforma é que seu alvo sejam os privilégios e os supersalários. É apenas um ataque aos servidores de carreira para desmontar o serviço público e favorecer apadrinhamentos e terceirizações, estas com lucros extraordinários e trabalhadores recebendo miseravelmente e sem quaisquer direitos. Somar-se-ão ao supersalários os superlucros das empresas. Na Reforma administrativa quem vai pagar o pato é o povo brasileiro. Enquanto isso nos rincões do Brasil, médicos recebem salários aviltantes de 1.400 ou 2.100 reais por 20 horas trabalhadas. No Congresso Nacional a luta por um piso salarial para a categoria enfrenta dificuldades imensas, é mais fácil atender a empresários, abrir escolas médicas alucinadamente, abarrotar o mercado de profissionais e promover o aviltamento completo da remuneração.

Dr. Geraldo Ferreira – Presidente do Sinmed RN

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